Foi no início da década de 90 que se começou a falar de impressão digital.
Mais exatamente em 1993, na feira internacional Ipex, na Inglaterra. Nessa oportunidade, apresentaram-se os primeiros sistemas digitais de impressão em policromia.
Na Drupa de 1995, na Alemanha, a impressão digital foi a grande estrela da maior mostra de equipamentos gráficos do planeta.
Na edição de 2000 da Drupa, quando a feira comemorou seus 50 anos, que a impressão digital mostrou que veio mesmo para ficar.
A digitalização do processo de pré-impressão criou a possibilidade única de produção dentro da rede, integrando todas as fases da cadeia gráfica.
A automação do fluxo de trabalho foi expandida, objetivando a inclusão dos sistemas de desenvolvimento digital, desde a fase da pré-impressão até a de acabamento.
Para implantar a tecnologia digital em uma empresa é preciso mais do que investimento em tecnologia. É imprescindível promover uma ruptura e criar novos conceitos de parceria, com fornecedores e clientes.
É inegável reconhecer que, mesmo nos dias atuais, há desconhecimento, desconfiança e medo em relação a Impressão Digital.
No futuro as gráficas receberão as informações brutas dos criadores de conteúdo. Não importando a mídia elas terão que atender e apresentar soluções de mercado a seus clientes. A dinâmica da demanda requer novos caminhos para alcançar a pessoa certa, no momento certo e no formato certo. A gráfica do futuro deverá facilitar essa dinâmica. Sensibilidade e sinergia são palavras obrigatórias no glossário da globalização digital.
Há quem veja na intuição e na gestão de talentos um ponto diferencial a ser considerado. A indústria gráfica evoluiu do conceito de “operação e supervisão de máquinas” para uma indústria de serviços, onde o marketing e a comunicação com o cliente são imprescindíveis. Mudança é sinônimo de sobrevivência e hoje uma obrigação do dia-a-dia de nossas empresas.
O destino da indústria gráfica está interligado ao destino dos fornecedores.
Será pela Internet que os fabricantes de equipamentos bem-sucedidos irão comercializar, treinar, distribuir, dar suporte, comunicar e negociar com clientes e fornecedores. Para as empresas na área de negócios de comunicação e seus clientes, há menos valor na comunicação de massa e mais na personalização.
No futuro, a impressão não será mais uma escolha do remetente, mas uma escolha do destinatário. As funções de pré-impressão, impressão e pós-impressão se tornarão cada vez mais automatizadas e executadas através de redes. Tradicionalmente, a indústria gráfica baseada no mercado de massa tem sido parte da categoria de “execução”, e seu sucesso, freqüentemente, é decorrente do volume.
Precisamos ser capazes de imaginar como o produto impresso poderá se tornar um produto com valor agregado. O volume global de impressos pode declinar, mas o valor de cada produto deverá aumentar. Algumas gráficas continuarão a ser organizações de larga escala extremamente eficientes.
Outras, todavia, precisarão criar uma solução vertical, incorporando o gerenciamento de dados, o design e o layout, a produção, tornando-se assim um negócio com valor agregado.
O produto gráfico digital não é um concorrente do offset.
A impressão digital complementa e amplia as possibilidades do processo offset. Saber usá-la é o desafio de amor e ódio que tomou conta da indústria gráfica.
Foi você que pediu uma BD?
Face à crise que reina no sector da edição em Portugal - especialmente visível na BD durante 2006 -, os autores têm procurado alternativas aos editores tradicionais, tentando que as suas criações continuem a chegar ao público.
A edição de autor e as pequenas editoras eram até agora as primeiras escolhas, potenciadas até pelo facto de a impressão digital permitir, actualmente, edições na ordem dos 200 exemplares. No entanto, um novo sistema, o "Printed on demand" (POD, algo como "impressão por pedido") está a despontar na internet e apresenta desde logo algumas vantagens não implica investimento financeiro, não gera qualquer tipo de stock e permite ao autor publicar o que quiser, na forma que desejar (ver caixa).
No site lulu.com, um dos que se especializou no POD, encontramos obras de dois autores portugueses um caderno de apontamentos, profusamente ilustrado por Carla Pott, e o álbum de BD "As aventuras do Príncipe Ziph", de Luís Peres, uma saga galáctica que narra, com humor e muitas surpresas, a busca de um livro mágico que permite manter a paz entre os diversos povos do planeta Marte.
Carla Pott, que tem feito ilustração para jornais, revistas e livros infantis, garante que "o novo sistema proporciona a liberdade que desejo e sem esperar que as editoras aceitem ou não. Assim, o público é quem decide". Como confessa, "o sistema POD foi a primeira opção; numa editora os projectos demoram muito tempo na gaveta".
Razões semelhantes são apontadas por Luís Peres, designer há 14 anos, no desemprego há dois, o que lhe permitiu pôr no papel as histórias que o acompanhavam há muito. O autor garante que a escolha surgiu "porque gosto da ideia de independência e o POD é um instrumento fantástico, pois permite apresentar um trabalho com qualidade profissional logo à partida e ver se a receptividade justifica o investimento na continuidade".
Financeiramente, "a opção não é dispendiosa, só necessito de fazer o trabalho e não tenho custos", realça Carla Pott. Concordando, Luís Peres aponta alguns aspectos negativos do POD "Temos de ser nós a fazer toda a promoção, se queremos dar a conhecer o trabalho; em termos de BD, o lulu.com apenas trabalha com o formato americano (o que me obrigou a adaptar as minhas pranchas), com capa brochada, não cartonada, e agrafada, logo sem lombada".
Responsável da Pedranocharco Edições, Machado Dias confessa-se "entusiasmado com o POD". No entanto, vê "pouca gente interessada em fazer encomendas via net ". Por isso não acredita "que o sistema vá substituir os editores tradicionais no futuro". Marcos Farrajota, ligado à edição independente e a fanzines como o "Mesinha de Cabeceira", alinha pelo mesmo diapasão "O POD não vai mudar muito, só vai tornar as coisas mais eficientes". E reconhece que "para um autor será mais fácil editar mas enfrentará os mesmos problemas de distribuição e promoção".
Disponível para qualquer tipo de obra, o sistema "Printed on demand" (POD) assenta num princípio simples o autor entrega a obra acabada em formatoPdf a um site especializado para o efeito, que, por sua vez, o coloca disponível para venda on-line, só fabricando cada exemplar quando tem uma encomenda. O preço de custo é calculado antecipadamente, a partir das tabelas disponíveis, de acordo com as características da obra, definidas pelo autor. Este, escolhe depois a margem de lucro que deseja, sendo que, em cada venda, uma percentagem desta (entre os 10% e os 25%) reverte para o site; o restante é entregue ao autor que a qualquer momento pode consultar na sua área pessoal do site quantos exemplares já foram vendidos. O cliente encomenda on-line e passados alguns dias recebe em sua casa, devidamente acondicionada, a obra. No caso do lulu.com, a existência de uma filial espanhola, a Publicaciones Digitales, S.A., reduz bastante os prazos indicados para entregas na Europa.
A edição de autor e as pequenas editoras eram até agora as primeiras escolhas, potenciadas até pelo facto de a impressão digital permitir, actualmente, edições na ordem dos 200 exemplares. No entanto, um novo sistema, o "Printed on demand" (POD, algo como "impressão por pedido") está a despontar na internet e apresenta desde logo algumas vantagens não implica investimento financeiro, não gera qualquer tipo de stock e permite ao autor publicar o que quiser, na forma que desejar (ver caixa).
No site lulu.com, um dos que se especializou no POD, encontramos obras de dois autores portugueses um caderno de apontamentos, profusamente ilustrado por Carla Pott, e o álbum de BD "As aventuras do Príncipe Ziph", de Luís Peres, uma saga galáctica que narra, com humor e muitas surpresas, a busca de um livro mágico que permite manter a paz entre os diversos povos do planeta Marte.
Carla Pott, que tem feito ilustração para jornais, revistas e livros infantis, garante que "o novo sistema proporciona a liberdade que desejo e sem esperar que as editoras aceitem ou não. Assim, o público é quem decide". Como confessa, "o sistema POD foi a primeira opção; numa editora os projectos demoram muito tempo na gaveta".
Razões semelhantes são apontadas por Luís Peres, designer há 14 anos, no desemprego há dois, o que lhe permitiu pôr no papel as histórias que o acompanhavam há muito. O autor garante que a escolha surgiu "porque gosto da ideia de independência e o POD é um instrumento fantástico, pois permite apresentar um trabalho com qualidade profissional logo à partida e ver se a receptividade justifica o investimento na continuidade".
Financeiramente, "a opção não é dispendiosa, só necessito de fazer o trabalho e não tenho custos", realça Carla Pott. Concordando, Luís Peres aponta alguns aspectos negativos do POD "Temos de ser nós a fazer toda a promoção, se queremos dar a conhecer o trabalho; em termos de BD, o lulu.com apenas trabalha com o formato americano (o que me obrigou a adaptar as minhas pranchas), com capa brochada, não cartonada, e agrafada, logo sem lombada".
Responsável da Pedranocharco Edições, Machado Dias confessa-se "entusiasmado com o POD". No entanto, vê "pouca gente interessada em fazer encomendas via net ". Por isso não acredita "que o sistema vá substituir os editores tradicionais no futuro". Marcos Farrajota, ligado à edição independente e a fanzines como o "Mesinha de Cabeceira", alinha pelo mesmo diapasão "O POD não vai mudar muito, só vai tornar as coisas mais eficientes". E reconhece que "para um autor será mais fácil editar mas enfrentará os mesmos problemas de distribuição e promoção".
Disponível para qualquer tipo de obra, o sistema "Printed on demand" (POD) assenta num princípio simples o autor entrega a obra acabada em formatoPdf a um site especializado para o efeito, que, por sua vez, o coloca disponível para venda on-line, só fabricando cada exemplar quando tem uma encomenda. O preço de custo é calculado antecipadamente, a partir das tabelas disponíveis, de acordo com as características da obra, definidas pelo autor. Este, escolhe depois a margem de lucro que deseja, sendo que, em cada venda, uma percentagem desta (entre os 10% e os 25%) reverte para o site; o restante é entregue ao autor que a qualquer momento pode consultar na sua área pessoal do site quantos exemplares já foram vendidos. O cliente encomenda on-line e passados alguns dias recebe em sua casa, devidamente acondicionada, a obra. No caso do lulu.com, a existência de uma filial espanhola, a Publicaciones Digitales, S.A., reduz bastante os prazos indicados para entregas na Europa.
UE analisa forma de impulsionar digitalização de livros
Os ministros da Cultura da União Europeia debatem, hoje, em Bruxelas, como hão-de impulsionar a digitalização de livros e de outros conteúdos culturais europeus através de iniciativas como a Europeana, a biblioteca virtual comunitária.
No âmbito do Conselho de Cultura e Juventude, os 27 vão analisar os principais obstáculos a uma maior disponibilidade de livros digitalizados na União Europeia e propor medidas para fomentar as iniciativas públicas e privadas nesta área, apostando em facilitar o acesso às obras que já estão em domínio público.
A UE quer, igualmente, incentivar as contribuições dos Estados-membros para a Europeana - a biblioteca virtual que já coloca à disposição dos cibernautas cerca de cinco milhões de documentos digitais - face ao avanço de iniciativas privadas como o Google Books.
No encontro, será ainda adoptada formalmente a designação de 2011 como o Ano Europeu do Voluntariado, com vista à promoção deste tipo de prática nos 27, incidindo sobretudo nas instituições culturais.
Em relação à Juventude, espera-se que os Estados-membros dêem apoio ao novo marco comunitário de cooperação para as políticas específicas da UE entre 2010 e 2018.
A nova estratégia comunitária dará prioridade à melhoria das oportunidades profissionais e de formação para os jovens e à inclusão social deste grupo populacional.
Diário de Noticias 27 Novembro 2009
No âmbito do Conselho de Cultura e Juventude, os 27 vão analisar os principais obstáculos a uma maior disponibilidade de livros digitalizados na União Europeia e propor medidas para fomentar as iniciativas públicas e privadas nesta área, apostando em facilitar o acesso às obras que já estão em domínio público.
A UE quer, igualmente, incentivar as contribuições dos Estados-membros para a Europeana - a biblioteca virtual que já coloca à disposição dos cibernautas cerca de cinco milhões de documentos digitais - face ao avanço de iniciativas privadas como o Google Books.
No encontro, será ainda adoptada formalmente a designação de 2011 como o Ano Europeu do Voluntariado, com vista à promoção deste tipo de prática nos 27, incidindo sobretudo nas instituições culturais.
Em relação à Juventude, espera-se que os Estados-membros dêem apoio ao novo marco comunitário de cooperação para as políticas específicas da UE entre 2010 e 2018.
A nova estratégia comunitária dará prioridade à melhoria das oportunidades profissionais e de formação para os jovens e à inclusão social deste grupo populacional.
Diário de Noticias 27 Novembro 2009
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