Mercado editorial português

O autor d’Espaço de Memórias traça um retrato muito negro da situação actual do mercado editorial português: «Os livros estão cada vez mais caros, porque existem muitos intermediários, a promoção está guardada, apenas, para os best-sellers e como se não bastasse os próprios conteúdos, por vezes, são questionáveis, relativamente às suas fontes e até à sua qualidade».

Também o artista plástico, webdesigner e escritor Francisco Capelo, de 35 anos, decidiu publicar por sua «conta e risco» porque não queria depender das editoras que são, no seu entender, «para os escritores o que as galerias de arte moderna são para os artistas: empresários que buscam unicamente o lucro» e que «nem sequer lêem os livros».

O artista plástico soma já onze livros editados através do Lulu.com. O primeiro – Porque o Ocidente não é o melhor – Os 10 Mitos de superioridade da civilização ocidental – surgiu em 2004, em língua inglesa, sendo posteriormente traduzido para português. O livro pode ser encontrado à venda na Amazon, na Barnes & Noble e Borders, entre outras livrarias online mundiais.

Ao contrário de Nuno Castelo, Francisco Capelo espera vir a captar o interesse de alguma editora mas, frisa, «não para edições de autor»: «A editora teria de ser séria e apostar em mim pelos conteúdos que escrevo e não por outros motivos como os financeiros». O escritor já enviou os seus livros a algumas editoras mas as respostas ora variam entre o «não» ou com propostas para edições de autor.

Eduarda Sousa

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